

Explorando as relações entre imagem cinematográfica, videovigilância e time-based media, a camera assume-se fixa e capta o movimento em três locais: nas traseiras de um prédia, numa rua e num parque. O plano estende-se durante um determinado tempo apresentando diferentes contextos.


"... estabeleceu-se um tempo limitado de trinta minutos de captação, dos quais se selecionaram sete para exibição. As três filmagens são colocadas em simultâneo numa linha, sendo que a filmagem do meio foi presenciada por mim e nas duas restantes,a camera foi deixada sozinha."
"Barthes reflete em A Camara Clara (1980) sobre um episódio que se sucedeu após um fotógrafo lhe ter enviado uma fotografia dele próprio da qual ele não recordava nem o dia nem o espaço de origem. Ainda que depois de um grande esforço, não se recordava de todo do momento em que havia sido tirada, "contudo, porque se tratava de uma fotografia, não podia negar que tinha estado lá" (Barthes, 1980, p.96)"


Máquina-Interlocutor-Máquina
2024
Ensaio escrito para a publicação FRAME[SCAPES]: Para uma geocinemática. Publicado por Stolen Books.
Apresentação do filme Máquina-Interlocutor-Máquina para o projeto de investigação FRAME[SCAPES]: Para uma geocinemática. Apresentado na Cinemateca Portuguesa-Museu do Cinema com a Linha de Sombra.
Cor, som. 07'20''